12º JPJor tem 32 trabalhos inscritos por graduandos e recém-egressos; evento ocorre pela primeira vez em Fortaleza
Por João Marcos Silva
2º semestre do Curso de Jornalismo da UFC
“É bastante relevante que o aluno entenda, conheça e tenha contato com a pesquisa desde o início da graduação''. A fala da professora Juliana Doretto (PUC-Campinas), coordenadora do Encontro de Jovens Pesquisadores em Jornalismo (JPJor), sintetiza a importância da formação de novos investigadores num campo que busca se firmar — no caso, o da pesquisa em jornalismo. Este ano, a JPJor será sediada pela Universidade Federal do Ceará (UFC), em Fortaleza. A sua 12° edição ocorrerá no dia 09/11 (quarta-feira). O evento, que surgiu a partir da SBPJor no ano de 2011 e está completando 11 anos, tem como foco as discussões promovidas por trabalhos realizados por estudantes de graduação e recém-egressos.

O encontro será sediado no Centro de Humanidades II da UFC e acontecerá em dois formatos: presencial e remoto. Serão apresentados 32 trabalhos, sendo 8 de forma presencial e 24 online. A abertura do encontro irá ocorrer das 9h às 12h e os debates irão acontecer durante a tarde entre 14h e 16h30min. As apresentações estarão divididas em blocos temáticos.
Um dos temas será “Noticiabilidade, celebridades e pandemia”, onde acontecerá a apresentação de um trabalho produzido por estudantes do Curso de Jornalismo da UFC. Olivia Gonçalves, estudante do terceiro semestre e uma das autoras da pesquisa, nos fala um pouco sobre suas expectativas para a JPJor. “[Minha expectativa] é do evento ser um espaço de muito respeito para que os pesquisadores possam se ajudar nos seus trabalhos” afirma a estudante.
O trabalho de Olívia se intitula "A discussão acerca dos critérios de noticiabilidade: notícias sobre celebridades publicadas no Instagram podem ser consideradas jornalismo?" e tem co-autoria de Beatriz Acioli e Pedro Henrique Lima dos Santos, com orientação da professora Naiana Rodrigues. Sobre a importância da inserção dos estudantes nesse tipo de atividade acadêmica, Naiana pondera:
“A importância da produção desses jovens jornalistas se evidencia porque a gente começa a formar desde cedo um quadro de jovens pesquisadores, incentivar a produção científica e desmistificar o mito de que as graduações em jornalismo são cursos somente técnicos”.
Ela acrescenta que esse tipo de evento cria palco para que graduados e graduandos possam escoar suas pesquisas e gerar debates dentro da comunidade jornalística. A coordenadora do encontro, professora Juliana Doretto, explica que a dinâmica do evento, que une pesquisadores mais experientes aos iniciantes na pesquisa, favorece debates mais relevantes e substanciais.

Assim, eventos como o JPJor se fazem necessários no sentido de “qualificar o jornalismo, esses profissionais e esses estudantes quando chegam nas redações, nos seus locais de trabalho, nas suas assessorias de comunicação ou em redações virtuais do jornalismo independente”, como pontua Naiana. Juliana Doretto, por sua vez, reforça essa percepção. "A experimentação com a pesquisa científica durante a formação do curso de jornalismo pode contribuir para que esses sujeitos façam o melhor jornalismo entendendo melhor a profissão que escolheram", conclui.