Programa Rádio Debate tematiza 60 anos do curso de Jornalismo da UFC
- Curso de Jornalismo
- há 2 dias
- 2 min de leitura
Em edição desta quarta (12) na Rádio Universitária FM, professores e egressos revisitaram memórias e o legado de diferentes gerações que passaram pelo curso sexagenário
Por Giovana Lameu (2º semestre do Curso de Jornalismo)
Edição: Robson Braga

O curso de Jornalismo da Universidade Federal do Ceará (UFC) celebrou seus 60 anos de história nesta quarta-feira, 12 de novembro. Para marcar a data, o programa Rádio Debate, da Rádio Universitária FM 107,9, dedicou a edição desta quarta ao aniversariante. Foram convidados três professores e alunos egressos para relembrar as experiências de diferentes gerações do curso: Naiana Rodrigues, pesquisadora e atual coordenadora do curso de Jornalismo; a jornalista e professora substituta do curso Ana Cláudia Peres; e o jornalista e professor Ricardo Jorge de Lucena Lucas.
O debate revelou a efervescência política do curso em diferentes momentos históricos. Ricardo Jorge, que ingressou na condição de aluno em 1986, relembrou a efervescência política que se refletia na universidade durante a década de 1980, destacando o período da abertura democrática.
Em seguida, Ana Cláudia Peres, estudante nos anos 1990, comentou o ambiente acadêmico após a primeira eleição pós-ditadura, quando estudou ao mesmo tempo que Luizianne Lins, deputada federal pelo PT e professora licenciada do curso de Jornalismo da UFC. Ela sintetizou o impacto da graduação: "Acho que a universidade é um momento que muda a vida da gente para sempre”.
Por fim, Naiana Rodrigues, atual coordenadora do curso e aluna nos anos 2000, abordou a transição tecnológica, focando nas transformações do audiovisual e no choque entre o universo analógico e o digital.
Ouça o programa na íntegra:
Passado e presente
A conversa saltou das memórias históricas para os dilemas da atualidade. Os docentes destacaram como o curso, antes um dos mais elitizados da instituição, conseguiu "furar a bolha" nos dias de hoje, em grande parte graças à lei de cotas, conquistando maior inclusão e pluralidade.
Na sequência, a discussão se voltou para os dilemas contemporâneos que cercam a profissão. O grupo analisou os desafios impostos pela flexibilização dos meios, a plataformização, o avanço da desinformação e a confusão de papéis em que "qualquer produtor de conteúdo é jornalista", reforçando a importância da universidade na formação do pensamento crítico.
Jornalismo é resistência
O debate encerrou-se com uma reafirmação da missão social do Jornalismo. Naiana Rodrigues declarou: "Apesar de tudo, o jornalismo ainda é o que vai transformar a sociedade, ele ainda é responsável pela transformação social", citando seu impacto não só ao nosso país como um todo, mas também a cada comunidade que o compõe. Diante do legado das seis décadas e dos desafios contemporâneos, a mensagem que fica é clara: o Jornalismo é resistência e precisa continuar resistindo apesar de tudo.



